Este é um post em homenagem aos palermas que me rebaixaram nos dois trabalhos que tive até hoje. Mas também é um post em homenagem a todos aqueles que acreditaram mais em mim do que eu própria.
Nunca tive a auto-estima muito alta. as minhas amigas dizem que não sabem o porquê, porque estou a lutar por um sonho e porque fico bem nas fotografias todas e porque me visto bem... Enfim.
Não é do meu feitio, não sei.
Na Zara, havia uma vaca duma manager que me odiava. Passava a vida a implicar comigo e porque eu era lenta e ela ia dizer ao meu superior para não me renovarem o contracto bla bla bla. Chegou mesmo um dia em que nos atrasamos 1h (eu estive a ajudar uma rapariga nova) que ela disse para os meus colegas me agradecerem por estarem atrasados dado que a culpa era minha. Mesmo se isto tudo fosse verdade - que não é - não eram maneiras para se falar com as pessoas.
Depois vem-me um português. Odeio portugueses que se acham superiores ou porque já estão aqui há mais tempo ou porque percebem disto mais do que toda a gente. Primeiro "falas bem inglês, então vais ficar naquele prédio como supervisora". Tudo bem, comecei a entender-me com a cliente, a fazer as coisinhas ao jeito que ela queria. (até porque ela é quem me pagava) "Tens a mania que enquanto tens um curso superior que és muito espertinha e focinhinho no ar, mas lá por a cliente gostar de ti e por seres uma 'bonitinha' não quer dizer que te aguentes, porque eu arranjo uma feia que faça este trabalho melhor que tu." Um exemplo só. Depois disse que andava à procura de uma assistente para ele e que eu era porreirinha porque falava bem inglês só que não tinha muita experiência. E para esta mesma posição arranjou alguém que estava em Londres (e na empresa) ha uma semana e meia. Primeiro emprego. Que experiência, e um nível de inglês tão elevado que eu tive que lhe ajudar a pedir um café.
Mas agora olho e riu-me por dentro. Desta gente tonta e das mesquenhices que fazem no seu dia.
Porque hoje eu tenho a certeza que aquela emoção e orgulho e realização...o viver do sonho em todo o seu explendor, essas pessoas nunca vão saber o que é. Porque a vida delas assim desinteressante como é chega-lhes. E também continuarem assim com a mente pequenina, também é suficiente para eles.
É certo que o que eu estou a viver só eu sei e só eu sinto. Mas acreditem em mim... É uma coisa que nunca tinha sentido. Melhor, é o sonho.
