Ela não acreditava em relações à distância. Eu dizia-lhe "oh qualquer pessoa é capaz se gostar muito" e no início ela respondia-me "mas tu és louca". Ela não acreditava que podia resultar. Depois de um beijo, como podiam ficar juntos? Assim, como por magia? Era isso que era o amor? Ele mostrou-lhe que valia a pena lutar, e ela acreditou. Mas depois ficava em baixo porque nunca estavam juntos. A sua mente, ao descansar com a cabeça na almofada, questionava se a distância não seria mais forte do que aquilo que sentia.
Ele surpreendia-a todos os dias, com pequenas demonstrações que a faziam grandiosamente feliz por dentro mas sempre com o receio que com a distância as coisas se dissolveriam.
Ele não achou suficiente, então continuou a surpreendê-la mais e mais. Até que ela já não cabia em si de contente ... quando o vê finalmente à sua frente. Ele estava ali, e era isso o que importava. Todo o tempo do mundo, todos os sons, todas as cores, todos os movimentos, todos os pensamentos pararam naquele momento. E para eles foi o "momento".
E ele hoje continua a surpreendê-la. E ela hoje sabe que vale a pena lutar. E que vale a pena continuar.
A distância, quando se gosta muito, é uma sacana que só serve para nos fazer sentir saudades, mas não lhe devemos dar uma importância tão grande a ponto de ela ficar com os louros e dizer que ganhou. Eu sou o exemplo vivo disso, mas tu também és!